terça-feira, 16 de junho de 2015

Quase lá

Quatro dias depois, aqui estou em Alagoinhas-BA...

Passamos 4 dias em Montes Claros-MG esperando as provas didáticas. Não é nem fácil e nem barato ser professor nesse Brasilzão.
Teve gente que chegou na quarta e a prova ficou apenas para terça-feira. Haja dinheiro.

Bom falando da cidade, é uma Bahia dentro de Minas Gerais, o sotaque já começa a ficar carregado, O asfalto parece que foi lustrado, brilha, derrapa e não possui aderência nenhuma. A comida da cidade, é tudo avantajado, nossa, nunca comi tanto, não aguento ver torresmo na minha frente. já estava me fazendo mal.

Ontem de manhã saímos em sentido a Bahia, a estrada no começo é de chorar, horrível, mas apesar de tudo aquela região de Minas possui belas paisagens, tudo vai mudando conforme nos aproximamos da divisa dos estados.

O que não falta é eucalipto, de todos os tamanhos, espaçamentos, variedades, fazia tempo que não via tantos hectares plantados.

Chegando na Bahia, mais pedágio, mesmo com a pista sem duplicação, paga-se caro sem ter qualidade no serviço. Muito caminhão, parece que todos combinaram de passar por alí naquele mesmo momento.

Por falar em caminhão se preparem que eu vi mais de 50 caminhões cegonhas carregando aquele carro da Fiat o Jeep, credo, vai entrar no mercado de uma forma que todo mundo vai ter um.

O calor vai só aumentando, 33ºC para começar a brincadeira. Nada que não esteja acostumado.
Dirigi o tempo todo quase 1000 km, mas o momento mais tenso é quando peguei a BR-101, eram 22:30, e posso dizer que ali é uma terra de ninguém, buraqueira come solta, mato de um lado para o outro, triste a cena.

Tenho que tirar o chapéu para os caminhoneiros do Brasil, para aguentar essas estradas não é fácil.

Minha vontade agora é chegar logo em casa, e já na quinta ir para UFRPE. Quero me aconchegar em casa, rever minha avó, mãe, pai... e continuar trabalhando como sempre fiz.

Não quero descanso, apesar de estar um pouco desmotivado. Uma hora me acostumo, de volta a capital, que apesar do trânsito tem seu charme.

Amanhã de manhã mais 750 Km e assim termina minha saga com o mais importante, saindo vivo e sem nenhum arranhão.

De volta ao litoral e a vida segue.

Abraços!
Estrada de Montes Claros - MG

Trânsito intenso de caminhão

Paisagem mudando

Morro de pedra

Morro de pedra

Uma melhora na estrada



Divisa da Bahia com Minas Gerais tem gaúcho também

Seja bem vindo a Bahia 


Paisagem sertaneja

Por do sol do motorista





quinta-feira, 11 de junho de 2015

Diário de bordo

O siga bem caminhoneiro de hoje começou as 6:00 da manhã com destino a Viçosa-MG.
Devo confessar que o interior de São Paulo é muito organizado, vale a pena conhecer, muito legal acordar de manhã e ver aquela neblina.

Pedágio e mais pedágio, pista rápida e bem cuidada, agora o que tem de caminhão não é brincadeira, cada um maior que o outro, entre subidas e descidas, muitos pneus estouram, sobrando para nós, tive que passar por cima de uma camada de pneu na pista que soltou de algum caminhão, agora imaginem isso a 110km/h? Porém ainda bem que não deu nenhum problema.

Continuando e mais pedágio a frente, moraria no interior de São Paulo sem dúvidas. Muito bonito, cheio de serras e parece ser organizados e desenvolvidos.

Passamos por dentro de São Paulo, ali já tem um microclima formado, não existe dia, a cidade é toda cinza, passamos pelo Rio Tietê (Rio?) queríamos nos livrar logo dali, o trânsito é frenético, a cidade é uma megalópole, gigante e cinza. Não moraria, mas ali é onde tudo acontece. São Paulo é o centro do Brasil.

A medida que vamos chegando no Rio de Janeiro a paisagem vai mudando (para pior), mas continua com pedágio e mais gastos, meu carro tem feito 17 km/L mesmo com o peso está bastante econômico, fizemos quase 700 km com meio tanque.

Não curti o interior do Rio e ai começa os contrastes do Brasil entre um País organizado, desenvolvido e uma realidade totalmente diferente, pobre e bagunçado.
E mais uma vez pedágio.

Finalmente pegamos a BR-040 que nos leva a Minas Gerais, e pra variar mais pedágio. Agora começa os morros, sobe e desce, curva de tudo que é jeito e até agora nenhuma blitz, se eu tivesse roubado o carro em Santa Maria, já estaria em Minas Gerais sem ser incomodado.

Chegando em Minas, Juiz de fora é encantadora, que cidade bonita, moderna, desenvolvida, parece ser bem agradável. Pegamos o caminho de Viçosa e ai sim a brincadeira começa, já era noite muita curva se não tiver estômago passa mal ehehheheh.

No fim chegamos em Viçosa as 21 horas. Nesse dia andamos mais de 1000 km. E posso afirmar que um dia vale a pena fazer esse tipo de coisa, mas só uma vez.

Pausa de 2 dias para conhecer Viçosa e a UFV.

Percebemos que o carro está com um barulho diferente, acreditamos que tem escapado ar do cabeçote, levamos num mecânico e ele disse que dá para viajar tranquilo, porém quando chegasse em Recife arrumasse.



Pegamos a estrada para Montes Claros ontem as 9 da manhã, a estrada é bastante boa, e tome mais morro, sobe e desce e curvas que nunca vi. Passei por Ouro Preto e umas cidadeszinhas até engraçadas em cima de um morro sem fim.

Passamos por BH, vi de longe contornamos por fora, parece ser bonita e muito grande.

A medida que avançamos a paisagem vai mudando, a zona da mata mineira começa a dar lugar a uma vegetação mais baixa, e bastanteeeeee eucalipto, muitas áreas com eucalipto plantado. Vi mais do que vejo no Rio Grande do Sul.

Agora não tem mais pedágio, o caminho foi tranquilo a vegetação vai tomando formações de cerrado, mais seca e tome eucalipto pra cima.

Chegamos em Montes Claros as 19 horas, 700 km de viagem, fiz a reserva no hotel, porém fizeram a reserva em um outro dia ahhahaha, ficamos sem teto, consegui arrumar um outro, já estava morto de cansado, queria uma cerveja gelada... Dormi.

Hoje Gabriel foi sortear o ponto do concurso dele na IFNMG e o que aconteceu? O sorteio vai ser apenas sábado e a prova didática apenas no domingo. Mais uns dias agora para chegar em Recife, mas fazer o que? Faz parte da vida de doutor desempregado feito a nossa ahahahahha.

As aventuras de Pedro e Bino continuará. Constato que minha barriga continua crescendo, já uso camiseta branca até o umbigo, bermuda jeans e chinelo de couro tipo rayder de velho, cofrinho aparecendo, a barba já está grande tão grande que estou penteando assim como meu cabelo.

Me sinto um homem das cavernas, mas viajar assim é legal e engraçado.

Agora vamos as fotos.
Interior de São Paulo e um galaxi

Morro abaixo

Juiz de Fora - MG

Viçosa-MG

UFV-MG

Prédio da UFV


Estrada da zona da mata de Minas

Mais morro

Mariana - MG 


Morraria

Mesas de madeira 

Vegetação já começa a mudar

Montes Claros - MG
Até mais.



terça-feira, 9 de junho de 2015

Despedida de Santa Maria, começo da aventura sobre quatro rodas.

Ahhhhhhhh... Coração apertado, já chamava de casa, me sentia confortável apesar de nunca ter dinheiro para nada (continuo não tendo). Santa Maria me fez muito bem, as pessoas que convivi, meus amigos do laboratório, meu orientador, namorada, segunda familia e amigos. Tudo foi muito especial. Masssssss a medida que a idade avança as responsabilidades vão aumentando. E agora estou voltando para minha cidade natal, o carro veio tão pesado mais tão pesado que no primeiro quebra-mola ele ficou pendurado (brincadeira), mas estava pesado mesmo, claro que só não trouxe as paredes, entretanto, não cabia nem mais um espirro dentro do carro.


Carro rebaixado
A viagem em si, é bem cansativa, precisávamos correr contra o tempo, porém com duas bicicletas penduradas atrás não é muito fácil. Meu carro até que me surpreendeu, não deixou se abater com o peso, a estrada não estava assim tão boa, e todos que nos passavam ficavam olhando perguntando se éramos doidos com placa de Jaboatão. A paisagem vai mudando a partir do momento que vamos chegando na fronteira com Santa Catarina. Dirigi das 10:30 da manhã até umas 7 da noite, deu um total de uns 600 e poucos KM e passei a bola pro co piloto Gabriel que dirigiu até Campina Grande do Sul no Paraná. Chegamos num hotel na beira da estrada a 1:20 da manhã e ficamos preocupados com as bicicletas, pois não existia estacionamento. Estávamos tão cansados que queríamos era dormir mesmo e torcer para que ninguém as levassem. Parecíamos Pedro e Bino do carga pesada, agora posso dizer que se nada der certo na minha vida, estou ai fazendo frete e vivendo de caminhoneiro. 973 km depois descansamos. 
Não tivemos nenhum contratempo nessa viagem, o Waze nos fez um caminho diferente do habitual, mas deu tudo certo. Meu carro é um guerreiro assim como os pilotos. Estou me sentindo um caminhoneiro nato, barba crescendo, barriga crescendo, comendo nas grotas...

Lagoa Vermelha às 16:16 

Felicidade em atravessar a fronteira entre RS-SC, ainda faltava bastante.

De co-piloto, em Quitandinha-PR às 22:23
Meu coração continua com saudades do sul, faz parte da vida. O que não podemos é deixar as oportunidades passarem, quando queremos somos felizes em qualquer lugar, enfrentamos qualquer desafios, basta praticar o bem, estar em volta de boas pessoas e fazer o seu melhor. Voltarei para Santa Maria, não de carro ehehheh, agora de avião, para visitar as pessoas que me fizeram e me fazem bem.

Até a próxima, amanhã tem mais sobre a viagem do outro dia de Campina Grande do Sul até Viçosa-MG atravessando São Paulo, Rio de Janeiro e uma parte de Minas Gerais.

Abraço!

Emanuel Araújo Silva

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Novos tempos

Fazia bastante tempo que não atualizava mais o blog desde a saída da Laurinha. Agora sou um dos mais antigos no laboratório, e cada vez mais minha responsabilidade cresce. Novos membros chegaram, novos trabalhos e projetos, porém tudo permanece em plena harmonia. Desde 2009 que faço parte do Laboratório de Sensoriamento Remoto, desde a época do intercâmbio no mestrado, gostei das pessoas, do lugar, do ambiente, das cobranças, tudo que é novo nos transmite uma vontade a mais e um deslumbre muito grande. De lá pra cá, muitas pessoas passaram por aqui, contribuíram com seus conhecimentos e acima de tudo, aprenderam novos conceitos. Daqui ainda sairão profissionais capacitados, cientistas, professores e afins. Apesar dessas idas e vindas a essência dessas pessoas permanecem no ambiente e são sempre lembradas com ar de nostalgia. 
Aqui não há espaço para coisas ruins, somos independentes e não há uma hierarquia, claro há um coordenador amigo, que precisamos da sua assinatura (rsrsrsrsrs), mas que não transforma isso como uma soberba, ele é apenas mais um que aprendeu e vem aprendendo durante os anos.
Sou feliz aqui, porém meu ciclo está acabando. Ainda desejo repassar tudo que aprendi para os que estão chegando e que essa harmonia nunca se quebre. Não sei ainda para onde vou e confesso que estou bastante ansioso. Os novos devem assumir a responsabilidade que outrora fora dada a mim, quem sabe não continuo? Longe ou perto irei sempre contribuir, pois aqui eu fiz a minha casa, considerei vocês como da minha família e da família nunca esquecemos. 

Sem imagens, sem figuras, apenas lembranças! Não falo em tom de despedida, falo em novos tempos.

Grande Abraço!

Emanuel Araújo

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Estrela Laura




Brilha onde estiver, nossa grande estrela hoje se despede, continuará brilhando num céu mais distante, mas seu brilho é tão forte que será visto daqui. Toda estrela tem seu ciclo e agora chegou a hora de ser brilhante em outro lugar.
Quanto tempo juntos, alegrias, sorrisos, mas também de raiva e decepção, nossa rotina era assim uma mistura de sentimentos e com certeza de 90% de alegrias. E o sentimento que temos hoje é de muito orgulho de ver nossa pequena notável trilhando seu caminho, de malas prontas para continuar aquilo que aprendeu. Imagina o orgulho que nosso amigo orientador está sentindo no momento, uma de suas crias abrindo suas asas e alçando voos mais altos, entretanto, temos um sentimento de saudade, daquela energia radiante que nem os melhores espectroradiômetros são capazes de calcular. É sim, uma saudade que bate em entrar naquele laboratório e não mais encontrarmos aquela pequena loirinha de sentimentos fortes, fazedora do melhor tererê do grêmio da América Latina. Como pode alguém com tão pouco cm² fazer tanta falta? E eu te falo que você é uma gigante, que faz aquele que vos escreve chorar e acredito que esse seja o sentimento de todos nós. Foi um prazer te conhecer, conviver esses anos todos, compartilhar do mesmo ambiente e do conhecimento. Vai ser feliz é isso que queremos onde quer que você vá, seja feliz assim como você sempre foi, que sejas amada como mereces, que se realize todos os teus desejos. E nunca se esqueça da sua antiga casa, dos antigos moradores, daqueles que ficaram, mas que te desejam o maior de todos os sucessos. Nossas vidas são como retrovisores de carro é o segundo mais tarde, próximo, seguinte, é o que passou e muitas vezes ninguém viu, o retrovisor da vida nos mostra o que ficou, o que partiu, o que agora só ficou no pensamento. Retrovisor é a mesmice em trânsito lento, mostrando nossos olhos com boas lembranças, ruas que escolhemos, avenidas, calçadas, deixando explícito que se for pra frente coisas ficarão pra trás.
Um ciclo que termina é um ciclo que se inicia, sentiremos muitas saudades...
...
...
...
Não consigo mais escrever...

Agraços da equipe LABSERE!!!!

Desejamos muito sucesso na nova caminhada.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Uma simples hipótese



Parafraseando Zeca Baleiro: "Eu não sei dizer, o que quer dizer, o que vou dizer..." Começando a pensar e repensar o que seria uma hipótese? Hipótese nada mais é uma coisa que não é, mas a gente faz de conta que é só pra ver como seria caso ela fosse. É testar algo que achamos, mas que às vezes não é, e quando é, não é o que seria. Assim, depois de várias dúvidas me vem uma pergunta: Qual a hipótese de nossas vidas? Sem querer descubro que essa pergunta vai além, sim, muito além de uma simples resposta. Fiz uma pergunta a mim, antes mesmo de prestar vestibular... Serei feliz sendo um engenheiro florestal? A partir dai vieram várias hipóteses, algumas verdadeiras, outras nem tanto. Porém apesar de tudo, essa hipótese é verdadeira. Estou onde quero estar, contudo, uma hipótese nunca está sozinha, há um conjunto de fatores que a torna verdadeira. Citando um exemplo fundamental na hipótese de nossas vidas a palavra amizade, adicionando seriedade e competência, temos então ingredientes para tornar a hipótese de "estou onde quero estar" verdadeira. É bem verdade que da mesma forma que pessoas vêm, se vão também, faz parte do ciclo. Somos uma miscigenação de pessoas, de trejeitos, de gostos, de vontades, mas tudo isso girando em torno de uma só hipótese, a hipótese de ser feliz. Não deixem que uma simples nota baixa te subtraia um sorriso, não te entristeça se um artigo não foi aceito, apesar da pressão em cada vez mais produzir, faça aquilo que você faz de melhor, sorria. A nossa diferença é essa, ser feliz, é trabalhar naquilo que gostamos, é sempre buscando novos conhecimentos. O que nos alimenta e nos da energia para prosseguirmos, é a alegria de vocês, é saber que no ambiente do nosso laboratório há um banquete de boas energias, de ideias, de jovialidade, de superação e de muita amizade. Mas, como tudo na vida, é um ciclo, iremos levar essa boa energia para onde quer que estejamos futuramente e diremos que foi no labsere onde aprendemos a ser melhores. Que não basta produzir, devemos ser felizes. 

Por isso caros colegas do labsere, sugiro uma hipótese de fazermos um churrasco e pretendo tornar essa hipótese verdadeira, caçapava trás a carne, Badin os espetos, eu cuido da cerveja, Carol cuida das canções (gospel), Laura trás a faca, Daiana cuida da salada, Cristina trás as madeiras, Adriane as coreografias e o Rudiney o drone para tirarmos fotos panorâmicas. 

Afinal de contas, nossa hipótese é a felicidade, então vamos testá-la com muito sorriso.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Silêncio


Silêncio... Olho para um lado, para o outro, escuto a inquietude do silêncio. Minhas "crianças" estão ausentes. Férias merecidas àqueles que se dedicaram todos os dias. Difícil olhar para o chimarrão ali vazio, sem a briga de quem vai buscar a água quentinha no subsolo do 42. Não escuto mais o sorriso e todas as divagações da Daiana com seus casos amorosos e suas preocupações. Sim, mais uma vez aqui na sala vazia, lembranças da Laura, e seu jeito forte, seu perfil sincero e sempre feliz, de alto astral vendendo seus produtos "jequiti". A falta que Caroline faz, sua timidez ainda permanece no ar do laboratório, enquanto classifico mais uma imagem, com seu jeito único de fazer chimarrão, uma bela companhia, calando-me mais uma vez nas lembranças de quando conversávamos. E o que dizer do Caçapava? O mais gaudério de todos, o rei do jeitinho brasileiro, um dos mais onipresentes, era um dos primeiros a pedir chimarrão... E o silêncio me faz deparar com a cuia ali vazia mais uma vez. Ao levantar e olhar a janela, lembro da Juliana e seu rosto sempre vermelho, hora por calor, hora por timidez, e sempre fazendo aquela dupla dinâmica com caçapava, mas agora as cadeiras estão vazias, os computadores desligados... Não quero esquecer de ninguém, portanto não esquecerei, apesar do silêncio, a lembrança da Cristina, que a cada cinco minutos tem uma ideia diferente e quase fica morena... Que bom, os morcegos entraram e agora não estou mais sozinho, lembrei dos novatos Badin e Adriane, mas que de repente, sempre sobra uma risada. Lembro também dos antigos, aqueles que já estão trabalhando em outros ambientes, se formando, acreditando que apesar desse silêncio que escuto, esse laboratório foi um lugar de muito aprendizado e de muita amizade. Sem esquecer do Rudiney, é verdade, do capitão do barco, e como qualquer outro capitão, o último a abandonar... Lembro bem porque agora estou sentado em sua cadeira desfrutando um pouco dessa solidão que se faz presente. É hora do apagar das luzes, antes olho mais uma vez o ambiente, tudo organizado, silencioso e fica mais nítido cada semblante das minhas "crianças", cada um com seu jeito, cada um com suas vontades, porém com a mesma intenção de crescer. Agora é hora de ir, mais um dia se foi, ao alarmar a sala, me vem um sorriso, semestre que vem estaremos todos juntos, todos no mesmo barco. São férias merecidas, minhas "crianças" precisam descansar, enquanto elas descansam, vou tocando o barco na espera que a bagunça volte e deixe meus dias menos solitários.

Boas férias merecidas a todos!